segunda-feira, 10 de maio de 2010

Deus Não Está Morto Ainda

 William Lane Craig

Originalmente publicado como: "God Is Not Dead Yet." In Christianity Today, Julho, 2008, pp. 22-27. Texto reproduzido na íntegra em reasonablefaith.org/site/News2?page=NewsArticle&id=6647. Traduzido por Wagner Kaba. Revisado por Djair Dias Filho.

Pode-se pensar, devido à atual enchente de best-sellers ateístas, que a crença em Deus se tornou intelectualmente indefensável para as pessoas pensantes, atualmente. Mas uma olhada nos livros de Richard Dawkins, Sam Harris e Christopher Hitchens, dentre outros, revela rapidamente que o chamado Novo Ateísmo carece de músculos intelectuais. Ele é complacentemente ignorante acerca da revolução que tem acontecido na filosofia anglo- americana. Ele reflete o cientificismo de uma geração passada, ao invés do cenário intelectual contemporâneo.
O alto ponto cultural daquela geração chegou em 8 de abril de 1966, quando a revista Time publicou uma reportagem principal cuja capa era completamente preta, exceto pelas três palavras coloridas em letras vermelhas brilhantes: "Deus está morto?". A reportagem descrevia o movimento da "morte de Deus", então corrente na teologia americana.

Mas, parafraseando Mark Twain, as notícias sobre o falecimento de Deus foram prematuras. Pois, ao mesmo tempo em que teólogos escreviam o obituário de Deus, uma nova geração de jovens filósofos estavam descobrindo sua vitalidade.
Nas décadas de 1940 e 1950, muitos filósofos acreditavam que falar sobre Deus, visto que não se pode verificá-lo pelos cinco sentidos, é sem sentido — um verdadeiro disparate. Este verificacionismo finalmente desmoronou, em parte porque os filósofos perceberam que o verificacionismo em si não podia ser verificado!

O colapso do verificacionismo foi o evento filosófico mais importante do século XX. Sua queda significava que os filósofos estavam livres mais uma vez para cuidar de problemas tradicionais da filosofia que o verificacionismo havia suprimido. Junto com o ressurgimento do interesse nas questões filosóficas tradicionais, apareceu algo completamente inesperado: o renascimento da filosofia cristã.

O ponto de virada provavelmente surgiu em 1967, com a publicação de God and Other Minds: A Study of the Rational Justification of Belief in God [Deus e Outras Mentes: Um Estudo sobre a Justificação Racional da Crença em Deus], escrito por Alvin Plantinga. Nos passos de Plantinga, seguiu-se multidão de filósofos cristãos, escrevendo em periódicos acadêmicos, participando de conferências profissionais e publicando nas melhores editoras acadêmicas. A cara da filosofia anglo-americana tem sido transformada, como resultado. O ateísmo, embora talvez ainda seja o ponto de vista dominante na academia americana, é uma filosofia em retirada.

Em artigo recente, o filósofo Quentin Smith, da Universidade de Western Michigan, lamenta o que ele chama de "dessecularização da academia que evoluiu na filosofia desde os fins da década de 1960". Ele reclama sobre a passividade dos naturalistas em face da onda dos "teístas inteligentes e talentosos que estão entrando na academia atualmente". Smith conclui: "Deus não está 'morto' na academia; ele retornou à vida no final da década de 1960 e agora está vivo e passa bem em sua última fortaleza acadêmica, os departamentos de filosofia".

O renascimento da filosofia cristã tem sido acompanhado por um ressurgimento do interesse na teologia natural, o ramo da teologia que procura provar a existência de Deus sem recorrer à revelação divina. O objetivo da teologia natural é justificar uma cosmovisão teísta ampla, uma que seja comum a cristãos, judeus, muçulmanos e deístas. Enquanto poucos os chamariam de provas irresistíveis, todos os tradicionais argumentos para a existência de Deus, sem mencionar alguns novos argumentos criativos, encontram articulados defensores atualmente.

Os argumentos


Em primeiro lugar, vamos fazer um rápido passeio por alguns dos argumentos atuais da teologia natural. Vamos conhecê-los em suas formas condensadas. Isto tem a vantagem de tornar a lógica dos argumentos bem clara. As estruturas dos argumentos poderão, então, ser desenvolvidas mediante discussão mais completa. Uma segunda questão crucial — sobre qual a utilidade de um argumento racional em nossa era supostamente pós-moderna — será analisada na próxima seção.

O argumento cosmológico. Versões deste argumento são defendidas por Alexander Pruss, Timothy O'Connor, Stephen Davis, Robert Koons e Richard Swinburne, entre outros. Uma formulação simples do argumento é:

1. Tudo o que existe tem uma explicação para sua existência (seja na necessidade de sua própria natureza ou em uma causa externa).
2. Se o universo tem uma explicação para a sua existência, esta explicação é Deus.
3. O universo existe.
4. Logo, a explicação para a existência do universo é Deus.

Este argumento é logicamente válido. Então, a única questão é a veracidade das premissas. A premissa (3) é inegável para qualquer um que busque sinceramente a verdade; logo, a questão está nas premissas (1) e (2).

A premissa (1) parece bastante plausível. Imagine que você esteja andando pela floresta e encontre uma bola translúcida parada no chão. Você iria achar bastante bizarra a afirmação de que a bola apenas existe sem nenhuma explicação. E aumentar o tamanho da bola, até que ela se torne do tamanho do cosmos, não iria servir para eliminar a necessidade de uma explicação para sua existência.

A premissa (2) pode parecer controversa, em princípio, mas ela é de fato idêntica à declaração ateísta usual de que, se Deus não existe, então o universo não tem uma explicação para sua própria existência. Além disso, (2) é bastante plausível por seu próprio mérito. Pois uma causa externa para o universo precisa estar além do espaço e do tempo e, portanto, não pode ser física ou material. Ora, há apenas duas classes de objetos que se adéquam a esta descrição: objetos abstratos, como números, ou uma mente inteligente. Mas objetos abstratos são causalmente impotentes. O número 7, por exemplo, não pode causar nada. Portanto, conclui-se que a explicação para o universo é uma mente externa, transcendente e pessoal que criou o universo — o que a maioria das pessoas tradicionalmente tem chamado de "Deus".

O argumento cosmológico kalam. Esta versão do argumento tem uma rica herança islâmica. Stuart Hackett, David Oderberg, Mark Nowack e eu temos defendido o argumento kalam. Sua formulação é simples:

1. Tudo que começa a existir tem uma causa.
2. O universo começou a existir.
3. Logo, o universo tem uma causa.

A premissa (1) certamente parece mais plausível que sua negação. A idéia de que as coisas possam surgir sem uma causa é pior do que mágica. No entanto, é extraordinário como tantos não-teístas, devido à força da evidência para a premissa (2), têm negado (1), ao invés de concordar com a conclusão do argumento.

Os ateus têm tradicionalmente negado (2) em favor de um universo eterno. Mas existem boas razões, filosóficas e científicas, para duvidar de que o universo não teve um início. Filosoficamente, a idéia de um passado infinito parece absurda. Se o universo nunca teve um início, então o número de eventos passados na história do universo é infinito. Esta não apenas é uma idéia paradoxal, mas também levanta o problema: como poderia o evento presente ter alguma vez chegado se um número infinito de eventos anteriores deve ter transcorrido antes?

Além disso, uma série extraordinária de descobertas na astronomia e na astrofísica durante o último século tem soprado nova vida no argumento cosmológico kalam. Agora, possuímos evidências razoavelmente fortes de que o universo não é eterno no passado, mas teve início absoluto há 13,7 bilhões de anos em um evento cataclísmico conhecido como o Big Bang [Grande Explosão].

O Big Bang é tão extraordinário porque ele representa a origem do universo a partir de literalmente nada. Pois toda a matéria e energia, e até mesmo os próprios espaço físico e tempo, vieram a existir no Big Bang. Enquanto alguns cosmologistas têm tentado criar teorias alternativas com o objetivo de evitar esse início absoluto, nenhuma dessas teorias teve sucesso na comunidade científica. De fato, em 2003, os cosmologistas Arvind Borde, Alan Guth e Alexander Vilenkin foram capazes de provar que qualquer universo que está, notavelmente, em um estado de expansão cósmica, não pode ser eterno no passado, mas deve ter possuído um início absoluto. De acordo com Vilenkin, "os cosmologistas não podem mais se esconder atrás da possibilidade de um universo eterno no passado. Não há escapatória; eles devem encarar o problema de um início cósmico". Segue-se, então, que deve haver uma causa transcendente que trouxe o universo à existência, uma causa que, como vimos, é plausivelmente atemporal, não-espacial, imaterial e pessoal.

O argumento teleológico. O antigo argumento do design [projeto] hoje continua forte como nunca, defendido em várias formas por Robin Collins, John Leslie, Paul Davies, William Dembski, Michael Denton e outros. Os defensores do movimento do Projeto Inteligente [Intelligent Design] continuam a tradição de encontrar exemplos de projeto em sistemas biológicos. Mas o destaque na discussão está no recém descoberto extraordinário ajuste preciso [fine-tuning] do cosmos para a vida. Este ajuste preciso é de dois tipos. Primeiramente, quando as leis da natureza são expressas como equações matemáticas, elas contêm certas constantes, como a constante gravitacional. Os valores matemáticos dessas constantes não são determinados pelas leis da natureza. Segundo, existem certas quantidades arbitrárias que são simplesmente partes das condições iniciais do universo — por exemplo, a quantidade de entropia no universo.

Estas constantes e quantidades incidem em um conjunto extraordinariamente limitado de valores que permitem a vida. Se tais constantes e quantidades fossem alteradas por menos que a espessura de um fio de cabelo, o equilíbrio que permite a vida seria destruído, e a vida não existiria.
Destarte, pode-se argumentar:

1. O ajuste preciso do universo é resultado da necessidade física, ou do acaso ou do design.
2. Ele não é resultado da necessidade física e nem do acaso.
3. Logo, ele é resultado do design.

A premissa (1) simplesmente apresenta as opções existentes para explicar o ajuste preciso. A premissa principal, portanto, é (2). A primeira alternativa, necessidade física, afirma que as constantes e as quantidades devem ter o valor que possuem. Esta alternativa é pouco recomendável. As leis da natureza são consistentes com uma ampla gama de valores para as constantes e quantidades. Por exemplo, atualmente, a candidata com melhor potencial para se tornar a teoria unificada da física, a teoria das supercordas ou "Teoria-M", permite um "cenário cósmico" de cerca de 10500 possíveis diferentes universos governados pelas leis da natureza, e apenas uma proporção infinitesimal deles pode sustentar a vida.

Com relação ao acaso, os teóricos contemporâneos reconhecem cada vez mais que as probabilidades contra a sintonia fina são simplesmente insuperáveis, a menos que se esteja preparado para abraçar a hipótese especulativa de que o nosso universo é apenas um membro de um agrupamento infinito e aleatoriamente ordenado de universos (i.e., o multiverso). Nesse agrupamento de mundos, cada mundo fisicamente possível é concretizado, e obviamente nós podemos observar apenas o mundo onde as constantes e quantidades são consistentes com a nossa existência. É aqui que o debate esquenta, atualmente. Físicos como Roger Penrose, da Universidade de Oxford, lançam poderosos argumentos contra qualquer apelo a um multiverso como opção para se explicar o ajuste preciso.

O argumento moral. Um número de eticistas como Robert Adams, William Alston, Mark Linville, Paul Copan, John Hare, Stephen Evans e outros tem defendido teorias de ética do "comando divino", que sustentam diversos argumentos morais para a existência de Deus. Por exemplo, um desses argumentos é:

1. Se Deus não existe, valores morais e obrigações objetivos não existem.
2. Valores morais e obrigações objetivos existem.
3. Logo, Deus existe.

Valores morais e obrigações objetivos possuem o significado de valores e obrigações que são válidos e obrigatórios, independentemente da opinião humana. Um bom número de ateus e teístas igualmente concordam com a premissa (1). Dada uma cosmovisão naturalista, seres humanos são apenas animais, e as atividades que denominamos assassinato, tortura e estupro são naturais e moralmente neutras, amorais, no reino animal. Além disso, se não há ninguém para ordenar ou proibir certas ações, como podemos ter obrigações ou proibições morais?

A premissa (2) parece ser mais contestável, mas provavelmente será uma surpresa para a maioria dos leigos saber que (2) é amplamente aceita entre os filósofos. Pois qualquer argumento contra uma moral objetiva tende a ser baseado em premissas que são menos evidentes do que a realidade dos valores morais em si, como apreendidos na nossa experiência moral. A maioria dos filósofos, portanto, reconhece distinções morais objetivas.

Os não-teístas irão tipicamente se opor ao argumento moral com um dilema: algo é bom porque Deus o deseja, ou Deus deseja algo porque esse algo é bom? A primeira alternativa torna o bem e o mal arbitrários, enquanto a segunda torna o bem independente de Deus. Felizmente, o dilema é falso. Os teístas têm tradicionalmente abraçado uma terceira alternativa: Deus deseja algo porque Ele é bom. Isto é, o que Platão chamou de "o Bem" é a natureza moral de Deus em si. Deus é, por natureza, amoroso, bom, imparcial e assim por diante. Ele é o paradigma da bondade. Portanto, o bem não é independente de Deus.

Além disso, os mandamentos de Deus são uma expressão necessária de sua natureza. Suas ordens para nós, portanto, não são arbitrários, mas são reflexões necessárias de seu caráter. Isto nos dá uma fundação adequada para a afirmação de valores morais e obrigações objetivos.

O argumento ontológico. O famoso argumento de Anselmo foi reformulado e defendido por Alvin Plantinga, Robert Maydole, Brian Leftow e outros. Deus, observa Anselmo, é por definição o maior ser concebível. Se você pudesse conceber algo maior do que Deus, então isso seria Deus. Portanto, Deus é o maior ser concebível, um ser maximamente grande. Então, como seria tal ser? Ele seria todo-poderoso, onisciente e todo-bondoso, e iria existir em todos os mundos logicamente possíveis. Então, pode-se argumentar:

1. É possível que um ser maximamente grande (Deus) exista.
2. Se é possível que um ser maximamente grande exista, então um ser maximamente grande existe em algum mundo possível.
3. Se um ser maximamente grande existe em algum mundo possível, então ele existe em todos os mundos possíveis.
4. Se um ser maximamente grande existe em todos os mundos possíveis, então ele existe no mundo real.
5. Logo, um ser maximamente grande existe no mundo real.
6. Logo, um ser maximamente grande existe.
7. Logo, Deus existe.

Pode ser uma surpresa saber que os passos 2-7 deste argumento são relativamente incontroversos. A maioria dos filósofos concordaria que se a existência de Deus é até mesmo possível, então ele deve existir. Então a única questão é: a existência de Deus é possível? O ateu deve sustentar a impossibilidade da existência de Deus. Ele deve dizer que o conceito de Deus é incoerente, como o conceito de um solteiro casado ou um quadrado redondo. Mas o problema é que o conceito de Deus não parece ser incoerente desta maneira. A idéia de um ser que é todo-poderoso, onisciente e todo-bondoso em qualquer mundo possível parece perfeitamente coerente. E na medida em que a existência de Deus é até mesmo possível, conclui-se que Deus deve existir.

Por que se importar?


É claro que existem réplicas e tréplicas a todos estes argumentos, e ninguém imagina que um consenso será alcançado. De fato, após um período de passividade, existem atualmente sinais de que o gigante adormecido do ateísmo foi despertado de seu sono dogmático e está de volta à luta. J. Howard Sobel e Graham Oppy escreveram grossos livros acadêmicos criticando os argumentos da teologia natural e a Editora da Universidade de Cambridge [Cambridge University Press] lançou seu Companion to Atheism (Guia ao Ateísmo), no ano passado. De qualquer forma, a própria presença do debate na academia é um sinal em si mesmo de quão saudável e vibrante é a cosmovisão teísta, atualmente.

Apesar de tudo, alguns podem pensar que o ressurgimento da teologia natural em nossos tempos é apenas muito trabalho perdido. Não vivemos em uma cultura pós-moderna na qual apelos a tais argumentos apologéticos não são mais eficazes? Argumentos racionais a favor da verdade do teísmo supostamente não devem mais funcionar. Alguns cristãos, portanto, advertem que deveríamos apenas compartilhar nossas narrativas e convidar as pessoas a participarem dela.

Este tipo de pensamento é culpado de um desastroso diagnóstico equivocado da cultura contemporânea. A ideia de que vivemos em uma cultura pós-moderna é um mito. De fato, uma cultura pós-moderna é uma impossibilidade; ela, absolutamente, não permitiria a vida. As pessoas não são relativistas quando se trata de assuntos como a ciência, a engenharia e a tecnologia. Ao invés disso, elas são relativistas e pluralistas em matérias de religião e ética. Mas, é claro, isso não é pós-modernismo; isso é modernismo! É apenas o velho verificacionismo, que sustenta que tudo o que você não pode provar com seus cinco sentidos se trata de matéria de gosto pessoal. Nós vivemos em uma cultura que se mantém profundamente modernista.

De outra forma, como poderíamos entender a popularidade do Novo Ateísmo? Dawkins e companhia são inerentemente modernistas e até mesmo cientificistas em suas abordagens. De acordo com a leitura pós-modernista da cultura contemporânea, seus livros deveriam cair como água na pedra. Ao invés disso, as pessoas devoram esses livros avidamente, convencidas de que a crença religiosa é tolice.

Visto sob esta luz, adaptar o evangelho para uma cultura pós-modernista é agir em prol do fracasso. Ao deixar de lado nossas melhores armas da lógica e da evidência, nós garantimos o triunfo do modernismo sobre nós. Se a igreja adotar esse plano de ação, as conseqüências para a próxima geração serão catastróficas. O Cristianismo será reduzido a nada, senão outra voz na cacofonia de vozes em competição, cada uma compartilhando sua própria narrativa e nenhuma recomendando a si mesma como a verdade objetiva acerca da realidade. Enquanto isso, o naturalismo científico continuará a moldar nossa visão cultural de como o mundo realmente funciona.

Uma teologia natural robusta pode muito bem ser necessária para o evangelho ser efetivamente ouvido na sociedade ocidental de hoje. Em geral, a cultura ocidental é profundamente pós-cristã. É produto do Iluminismo, que introduziu na cultura europeia o fermento do secularismo que tem permeado a sociedade ocidental até hoje. Enquanto a maioria dos pensadores iluministas originais era de teístas, a maioria dos intelectuais ocidentais atualmente não considera mais o conhecimento teológico como possível. A pessoa que seguir a busca pela razão com firmeza, até o fim, será ateísta ou, no melhor dos casos, agnóstica.

Entender apropriadamente nossa cultura é importante porque o evangelho nunca é ouvido em isolamento. É sempre ouvido dentro do pano de fundo do ambiente cultural contemporâneo. Uma pessoa que cresce em um ambiente cultural no qual o Cristianismo é visto como uma opção intelectualmente viável irá apresentar abertura ao evangelho. Mas tanto faz pedir para o secularista acreditar em fadas, duendes ou em Jesus Cristo!

Cristãos que depreciam a teologia natural porque "ninguém vem à fé através de argumentos intelectuais" são, portanto, tragicamente míopes. Pois o valor da teologia natural vai muito além dos contatos evangelísticos imediatos de alguma pessoa. É tarefa mais ampla da apologética cristã, inclusive da teologia natural, ajudar a criar e manter um ambiente cultural em que o evangelho possa ser ouvido como uma opção intelectualmente viável para o homem e a mulher pensantes. Desta forma, isto fornece a permissão intelectual para as pessoas crerem quando seus corações forem tocados. À medida que avançamos no século XXI, eu antecipo que a teologia natural será uma preparação crescentemente vital e relevante para que as pessoas recebam o evangelho.

Bibliografia
Obras de estudiosos citados
Adams, Robert. Finite and Infinite Goods. Oxford: Oxford University Press, 2000.
Alston, William. "What Euthyphro Should Have Said". In Philosophy of Religion: a Reader and Guide, pp. 283-98. Ed. Wm. L. Craig. New Brunswick, N. J.: Rutgers University Press, 2002.
Collins, Robin. The Well-Tempered Universe (no prelo).
Copan, Paul. "God, Naturalism, and the Foundations of Morality". In The Future of Atheism: Alister McGrath and Daniel Dennett in Dialogue. Ed. R. Stewart. Minneapolis: Fortress Press, 2008.
Craig, William Lane. The Kalam Cosmological Argument. Ed. Reimp.. Eugene, Ore.: Wipf & Stock, 2001.
Davies, Paul. Cosmic Jackpot. Boston: Houghton Mifflin, 2007.
Davis, Stephen T. God, Reason, and Theistic Proofs. Reason and Religion. Grand Rapids: Wm. B. Eerdmans, 1997.
Dembski, William. The Design Revolution. Downers Grove, Ill.: Inter-Varsity, 2004.
Denton, Michael. Nature's Destiny: How the Laws of Biology Reveal Purpose in the Universe. Nova Iorque: Free Press, 1998.
Evans, C. Stephen. Kierkegaard's Ethic of Love: Divine Commands and Moral Obligations. Oxford: Oxford University Press, 2004.
Hackett, Stuart. The Resurrection of Theism. Ed. Reimp. Grand Rapids: Baker, 1982.
Hare, John. "Is Moral Goodness without Belief in God Rationally Stable?" In God and Ethics: A Contemporary Debate. Ed. Nathan King and Robert Garcia. Lanham, Md.: Rowman & Littlefield, 2008.
Koons, Robert. "A New Look at the Cosmological Argument". American Philosophical Quarterly 34 (1997): 193-211.
Leftow, Brian. "The Ontological Argument". In The Oxford Handbook for Philosophy of Religion, pp. 80-115.Ed. Wm. J. Wainwright. Oxford University Press, 2005.
Leslie, John. Universes. London: Routledge, 1989.
Linville, Mark. "The Moral Argument". In Blackwell Companion to Natural Theology. Ed. Wm. L. Craig and J. P. Moreland. Oxford: Blackwell.
Martin, Michael, ed. The Cambridge Companion to Atheism. Cambridge Companions to Philosophy. Cambridge: Cambridge University Press, 2007.
Maydole, Robert. "A Modal Model for Proving the Existence of God". American Philosophical Quarterly 17 (1980): 135-42.
Nowacki, Mark. The Kalam Cosmological Argument for God. Studies in Analytic Philosophy. Amherst, N.Y.: Prometheus Books, 2007.
O'Connor, Timothy. Theism and Ultimate Explanation: The Necessary Shape of Contingency. Oxford: Blackwell, 2008.
Oderberg, David. "Traversal of the Infinite, the 'Big Bang,' and the Kalam Cosmological Argument". Philosophia Christi 4 (2002): 303-34.
Oppy, Graham. Arguing about Gods. Cambridge: Cambridge University Press, 2006.
Plantinga, Alvin. The Nature of Necessity. Oxford: Clarendon, 1974.
Pruss, Alexander. The Principle of Sufficient Reason: A Reassessment. Cambridge Studies in Philosophy. Cambridge: Cambridge University Press, 2006.
Sobel, Jordan Howard. Logic and Theism: Arguments for and against Beliefs in God. Cambridge: Cambridge University Press, 2004.
Swinburne, Richard. The Existence of God. Ed. rev. Oxford: Clarendon, 2004 [publicado em português de Portugal como: Será que Deus existe? (Lisboa: Gradiva, 1998)].

Obras de nível introdutório
Boa, Kenneth and Bowman, Robert. Twenty Compelling Evidences that God Exists. Tulsa, Ok. River Oak, 2002.
Craig, William Lane. God, Are You There? Atlanta: RZIM, 1999.
Strobel, Lee. The Case for a Creator. Grand Rapids: Zondervan, 2004.

sábado, 8 de maio de 2010

Em Atualização

O blog  "A Bíblia em Foco" está aos poucos sendo atualizado, aproveite os vídeos estão funcionando novamente, e os links para baixar os livros também já se encontram funcionando, aproveite e ainda nessa semana que vem teremos novas matérias, obrigado por sua visita!

sábado, 21 de março de 2009

Grandes cientistas e a fé

Grandes cientistas e a fé

A seguir são reproduzidas algumas citações de cientistas renomados. Informações sobre as referências de onde foram obtidas encontram-se ao final da página.


Isaac Newton (1643-1727), matemático e físico

"Devemos crer em um Deus e não ter outros deuses além dele. Ele é eterno, onipresente, onisciente, onipotente, criador de todas as coisas, sábio, justo, bom e santo. Devemos amá-lo, temê-lo, honrá-lo e confiar nele, orar a ele, dar-lhe graças, louvá-lo e santificar seu nome, cumprir seus mandamentos e dispor de tempo para honrá-lo em culto."

Gottfried Wilhelm Leibniz (1646-1716), matemático, engenheiro, filósofo e diplomata

"A verdadeira felicidade consiste no amor a Deus, porém num amor sem preconceitos, cujo fogo arde na luz do conhecimento. Este tipo de amor gera a alegria com boas ações, que dá apoio à virtude e, tendo Deus como centro, eleva o humano ao divino."

Alessandro Volta (1745-1827), físico

"Submeti as verdades fundamentais da fé a um estudo minucioso. Li as obras dos apologetas e de seus adversários, avaliei as razões a favor e contra e assim obtive argumentos relevantes que tornam a religião (bíblica) tão digna de confiança ao espírito científico que uma alma com pensamentos nobres ainda não pervertida por pecado e paixão não pode senão abraçá-la e afeiçoar-se a ela. Peço a Deus que minha profissão de fé, que me foi solicitada e que eu forneço com alegria, escrita de próprio punho e por mim assinada, possa ser apresentada a todos, pois não me envergonho do Evangelho."

Wilhelm von Humboldt (1767-1835), filólogo, lingüista, fundador da mais antiga universidade de Berlim

"Os mistérios de Deus não são compreendidos; são adorados."

Karl Friedrich Gauss (1777-1855), matemático e físico

"Existem questões a cuja resposta eu daria um valor infinitamente maior do que às matemáticas, por exemplo questões sobre ética, sobre nosso relacionamento com Deus, sobre nosso destino e nosso futuro. Para a alma existe uma satisfação de espécie superior, para a qual dispenso o que é material"

Augustin Louis Cauchy (1789-1857), matemático e físico

"Sou um cristão, isto significa: creio na divindade de Jesus Cristo juntamente com Tycho Brahe, Copérnico, Descartes, Newton, Fermat, Leibniz, Pascal, Grimaldi, Euler, Guldin, Boscowitsch, Gerdil, com todos os grandes astrônomos, todos os grandes pesquisadores das ciências naturais, todos os grandes matemáticos dos séculos passados. E se porventura me perguntarem pela razão, terei prazer em explicá-la. Verão que minha convicção é resultado de estudo cuidadoso e não de preconceitos."

Karl Ernst von Baer (1792 - 1876), biólogo, pai da embriologia

"O bondoso Criador colocou quatro desejos no homem, pelos quais podemos dizer que este é segundo a imagem de Deus: a fé, a consciência, o desejo de saber, o sentido pela estética." (citação resumida)

Justus von Liebig (1803 - 1873), químico, patrono da Universidade de Giessen, Alemanha

"O conhecimento da natureza é o caminho para a admiração do Criador."

James Prescott Joule (1818-1889), físico

"Após conhecer e obedecer a vontade de Deus, o próximo alvo deve ser conhecer algo dos Seus atributos de sabedoria, poder e bondade evidenciados nas obras de Suas mãos."

Louis Pasteur (1822-1895), microbiólogo e químico

"Proclamo Jesus como filho de Deus em nome da ciência. Meu espírito científico, que dá grande valor à relação entre causa e efeito, compromete-me a reconhecer que, se ele não o fosse, eu não mais saberia quem ele é. Mas ele é o filho de Deus. Suas palavras são divinas, sua vida é divina, e foi dito com razão que existem equações morais assim como existem equações matemáticas."

Ruy Barbosa de Oliveira (1849-1923), filólogo e cientista político

"Nunca senti pelas vilanias humanas mais enjôos e pela sorte de nossa terra mais desânimo. Felizmente a fé em Deus se me vai acendendo, à medida que se me apaga a confiança nos homens. No meio de tantos desconfortos e iniqüidade tenho-me entregado estes dias exclusivamente à leitura do Evangelho, a eterna consolação dos malferidos nos grandes naufrágios."

"Não sei se incorro em ridículo, trazendo por estas alturas o nome de Deus. Se incorrer, paciência. Não me arrependo, e persisto. Nasci na crença de que o mundo não é só matéria e movimento, os fatos morais acaso ou mero produto humano. O estudo e o tempo não me convenceram de que as leis do cosmos sejam incompatíveis com uma suprema causa, de que todas as causas dependam."


Max Planck (1858-1947), ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1919

"... desde a infância a fé firme e inabalável no Todo Poderoso e Todo Bondoso tem profundas raízes em mim. Decerto Seus caminhos não são nossos caminhos; mas a confiança Nele nos ajuda a vencer as provações mais difíceis."

"Religião e ciência natural combatem unidos numa batalha incessante contra o ceticismo e o dogmatismo, contra a descrença e a superstição. E a palavra de ordem nesta luta sempre foi e para todo sempre será: em direção a Deus!"

"A prova mais imediata da compatibilidade entre religião e ciência natural, mesmo sob análise detalhada e crítica, é o fato histórico de que justamente os maiores cientistas de todos os tempos, homens como Kepler, Newton, Leibniz, estavam imbuídos de profunda religiosidade."

Herbert George Wells (1866-1946), historiador e escritor

"Como historiador preciso admitir que este pobre pregador da Galiléia inevitavelmente é o centro da história."

André Siegfried (1875–1959), educador e cientista político

"Nossa visão espiritual e não apenas puramente racional do homem..., nós a devemos à tradição judaica, que teve no Evangelho um desdobramento tão grandioso. Os profetas de Israel, aqueles brilhantes e devotos líderes do seu povo, plantaram no nosso espírito a sede de justiça que caracteriza socialmente o Ocidente."

Albert Einstein (1879–1955), ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1921

"A todo cientista minucioso deve ser natural algum tipo de sentimento religioso, pois não consegue supor que as dependências extremamente sutis por ele vislumbradas tenham sido pensadas pela primeira vez por ele. No universo incompreensível revela-se uma razão ilimitada. A opinião corrente de que sou ateu baseia-se num grande engano. Quem julga deduzi-la de minhas teorias científicas, mal as compreendeu. Entendeu-me de forma equivocada e presta-me péssimo serviço..."

Arnold Joseph Toynbee (1889–1975), historiador

"E agora, quando olhamos para a outra margem, um único vulto ergue-se das águas e preenche todo o horizonte. É o Salvador - Deus encarnado no homem Jesus de Nazaré."

Werner Heisenberg (1901 - 1976), ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1932

"O primeiro gole do copo das ciências naturais torna ateu; mas no fundo do copo Deus aguarda."

Walter Heinrich Heitler (1904-1981), físico, recebedor da Medalha Max Planck de 1968

"Natureza definitivamente não pode ser discutida de modo completo em termos científicos sem incluir também a indagação por Deus."

Derek Harold R. Barton (1918-1998), ganhador do Prêmio Nobel de Química de 1969

"Deus é verdade. Não há incompatibilidade entre ciência e religião. Ambas estão buscando a mesma verdade. A ciência mostra que Deus existe."

Arthur L. Schawlow (1921-1999), ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1981

"... eu encontro uma necessidade por Deus no universo e em minha própria vida ... Somos afortunados em termos a Bíblia, e especialmente o Novo Testamento, que nos fala de Deus em termos humanos muito acessíveis, embora também nos deixe algumas coisas difíceis de entender."

William Daniel Phillips (1948- ), ganhador do Prêmio Nobel de Física de 1997

"Muitos cientistas são também pessoas com uma fé religiosa bastante convencional. Eu, um físico, sou um exemplo. Creio em Deus como Criador e como Amigo. Isto é, creio que Deus é pessoal e interage conosco."

As declarações de Leibniz, Newton, Volta, Gauss, Cauchy, Baer, Pasteur, Wells, Siegfried, Liebig, Humboldt, Toynbee e a primeira citação de Planck foram traduzidas de uma coletânea compilada por Jörg Gutzwiller, capelão do governo e parlamento suíço de 1979-1999. Esta coletânea está disponível na forma de livro:

  • J. Gutzwiller - Das Herz, etwas zu wagen, Friedrich Bahn Verlag: Neukirchen-Vluyn, 2000. ISBN 3761593031.

A declaração de Joule foi traduzida do artigo de A. Lamont, "James Joule", Creation, v. 15, número 2, p. 47–50, 1993.

As declarações de Barton e Schawlow foram traduzidas de uma coletânea compilada por Henry Margenau (Professor Emérito de Física, Universidade de Yale) e Roy Abraham Varghese (jornalista). Esta coletânea está disponível na forma de livro:

  • H. Margenau; R.A. Varghese - Cosmos, bios, theos: scientists reflect on science, God, and the origins of the universe, life and homo sapiens, Open Court: Chicago, 1992. ISBN 0812691865.

As duas últimas citações de Planck, a citação de Heitler e a citação de Einstein encontram-se respectivamente em

  • M. Planck - Vorträge und Erinnerungen, S. Hirzel Verlag, Stuttgart, 1949.
  • W.H. Heitler - Die Natur und das Göttliche, Klett und Balmer, Zug, 1974. ISBN 3720690016.
  • H. Muschalek (Ed.) - Gottbekenntnisse moderner Naturforscher, quarta edição, Morus, Berlim, 1964.

Heisenberg e Phillips foram citados de acordo com Nobelists and God (acesso em 4.5.2007), de Tihomir Dimitrov. A declaração de Heisenberg consta também de Nobel Laureates pro Intelligent Design (ID) of the Universe and Life (revisão de 22.4.2007), uma coletânea disponibilizada por Wolf-Ekkehard Lönnig, cientista do Max Planck Institute for Plant Breeding Research, Alemanha.

As citações de Ruy Barbosa constam do documento Discurso no Colégio Anchieta, Fundação Casa de Rui Barbosa, Rio de Janeiro, 1981.

Fonte:http://www.freewebs.com/kienitz/declara.htm

domingo, 24 de agosto de 2008

No Princípio Criou Deus?

Existem hoje muitas teses cientificas que tentam desfazer do princípio bíblico da criação, tenta-se atribuir ao acaso a obra da criação ao invés de atribui-la a Deus, leia os textos abaixo e assista esse pequeno vídeo que mostra que a vida não á por acaso, mas que a mesma foi projetada é construída por uma inteligencia superior a do homem.


Criacionismo: Acredita que houve influência de uma entidade inteligente na criação dos seres vivos.

Evolucionismo: Acredita que a vida surgiu e evoluiu da matéria como obra do acaso.


ASSISTA O VÍDEO




Gênesis 1.1: No princípio, criou Deus o céu e a terra.



sábado, 2 de agosto de 2008

Uma Dicotomia Enganadora

“Quanto mais eu estudo a natureza, mais ainda eu
fico maravilhado com a obra do Criador...
Ciência aproxima o homem de Deus.”
Louis Pasteur


Por Dr. Jónatas E. M. Machado, Universidade de Coimbra, Portugal

Onde estavas tu quando eu criei a Terra? Diz-me, se tens entendimento! Jó, 38:4

Os céus e a Terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar. Marcos 13: 31

O pensamento moderno sublinha a dicotomia epistemológica entre a Bíblia - do domínio da subjetividade, da fé e da moralidade - e a ciência - com autoridade no plano da realidade objetiva. Para este entendimento, a ciência preocupa-se, acima de tudo, com os fatos, ao passo que a fé releva no domínio simbólico da interpretação subjetiva desses fatos. Em outras palavras, a ciência seria o domínio por excelência das afirmações de fato, ao passo que a fé seria um campo reservado à interpretação e à formulação de juízos de valor. Repare-se que esta divisão de tarefas é manifestamente assimétrica, na medida em que remete para a ciência a definição do que seja o conhecimento daquilo que objetivamente existe, deixando para a religião uma função meramente especulativa e interpretativa, subjetiva, em torno do significado das coisas.

A ciência tem assim uma preponderância natural sobre a religião. Aquela é objetiva e sólida, ao passo que esta é subjetiva e precária. A primeira preocupa-se com a realidade e a segunda com sentimentos e crenças. No mundo real elas nunca se encontram, porque estão em esferas diferentes. De acordo com este entendimento, todos teriam racionalmente que aceitar os dados objetivos da ciência, ficando a religião reservada às mentes mais débeis e carentes ou mais dadas a emoções subjectivas1. Assim, todos teriam que acreditar na evolução (facto científico objetivo obrigatório), mas os crentes sempre poderiam dizer, à margem de qualquer evidência empírica, que Deus conduziu o processo de evolução, ou até que Deus é a evolução (crença religiosa subjetiva facultativa).

O Criacionismo Bíblico rejeita liminarmente esta divisão epistêmica de tarefas entre a ciência e a fé por ser manifestamente improcedente e falaciosa, particularmente no que diz respeito à questão das origens2. Ela dá como demonstrado o que ainda é preciso demonstrar. Com efeito, longe de se esgotar na produção de afirmações de fato, a ciência assenta largamente na interpretação e na especulação (v.g. tudo começou com um Big Bang; a vida surgiu por acaso de uma sopa pré-biótica; as aves evoluíram de dinossauros ou de pequenos répteis). Por sua vez, a religião também pretende fazer afirmações de fato (v.g. Deus é o autor da vida; Deus criou plantas, animais e o ser humano, praticamente ao mesmo tempo e segundo a sua espécie; o dilúvio do Génesis foi real e global) 3. Vejamos mais de perto esta questão, pensando especificamente no cristianismo e no darwinismo.

Quanto ao primeiro, a Bíblia, desde o Gênesis ao Apocalipse, afirma que é a Palavra de Deus verbalmente inspirada, tendo sido sempre considerada como tal pelos judeus (quanto ao Velho Testamento) e pelos cristãos 4. Jesus afirmou que as suas palavras são mais sólidas e duradouras do que os próprios céus e a Terra. A palavra do Criador é digna de toda a confiança. Porque assim é, a Bíblia nunca se coloca no domínio da pura interpretação subjetiva de fatos5. Bem pelo contrário, a validade das mais importantes doutrinas bíblicas apoia-se em fatos objetivos (criação; queda; dilúvio global; dispersão; aliança; êxodo; nascimento, morte e ressurreição de Jesus) cuja explicação só pode ser encontrada, não na regularidade das leis naturais, mas na ação extraordinária de Deus, o qual também criou essas leis. Na Bíblia os fatos são importantes porque mostram a ação providencial de Deus na história humana e as doutrinas são dignas de crédito precisamente porque se apoiam em fatos objectivos e não em mitos ou “fábulas engenhosas”.6

Na Bíblia é claro que os milagres de Jesus são autênticos e testemunham da Sua qualidade de Criador. A ressurreição física de Cristo é igualmente um fato histórico con creto, sem o qual a fé não tem sentido. Tentar desmitificar ou encontrar explicações científicas para estes e outros milagres que a Bíblia relata é passar totalmente ao lado da verdade fundamental que a Bíblia visa transmitir: o Universo foi criado por um Deus pessoal que intervém ativamente na história do Homem - criado à Sua imagem e semelhança - que, por causa do pecado da humanidade, encarnou na pessoa de Jesus Cristo para redimir o mundo através da Sua morte e ressurreição!7 Se os fatos mencionados pelo relato bíblico não são verdadeiros, a história da salvação deixa de ter sentido. Isto mesmo sustentou o Apóstolo Paulo: “se Cristo não ressuscitou, logo é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé”.8

Por sua vez, o darwinismo, longe de se apoiar numa análise neutra e objectiva dos fatos, é fundamentalmente interpretação.9 Os registos históricos mais antigos que se conhecem têm cerca de quatro mil e quinhentos anos. São dessa era as civilizações mais antigas. Para além desse limite, a reconstituição historiográfica dos acontecimentos é feita com base em extrapolações, alicerçadas em pressupostos e modelos teóricos pré-concebidos, hoje predominantemente de matriz evolucionista. Sucede que nunca ninguém viu a sopa prébiótica, nem tão pouco um dinossauro a transformar-se em ave há cerca de 100 milhões de anos atrás. Do mesmo modo, nem os fósseis nem as rochas sedimentares trazem inscrita a sua idade, sendo datados com base nas premissas (evolucionistas) adotadas desde o início. Ora, não existe uma máquina que nos permita viajar no tempo e assim confirmar de forma absolutamente correcta as conclusões que aqui e agora tiramos acerca do passado distante. Mesmo as tentativas de observar o passado a partir das investigações astronômicas supõem a aceitação de premissas sobre a velocidade da luz.10

Do mesmo modo, as “provas” da evolução deduzidas pela Teoria da Evolução da homologia genética ou estrutural e funcional que se observa entre as diferentes espécies de animais, não passam de uma interpretação, sendo certo que o Criacionismo Bíblico utiliza os mesmos fatos para corroborar a sua crença num Criador comum. Aliás, o próprio Ernst Mayr reconheceu expressamente, na entrevista acima mencionada**, o amplo lastro interpretativo e especulativo que permeia todo o seu trabalho. Muitos dos “fatos” a que a darwinismo faz referência não passam de construções intelectuais feitas a partir de modelos, ou resultantes da assunção de premissas, pré-concebidos. Uma coisa é certa: os fatos com que os evolucionistas e os criacionistas se defrontam são exactamente os mesmos. A interpretação desses fatos é que difere, em função das premissas e dos modelos explicativos e preditivos de que ambos partem.

Assim, a ideia de que a religião e a ciência constituem dois “magistérios não sobreponíveis” (Stephen Jay Gold)11, na sua aparente plausibilidade, peca, numa avaliação condescendente, por ser demasiado ingênua e simplista. Em rigor, como veremos adiante, a mesma está longe de ser inocente. Acresce que a referida dicotomia epistêmica, além de ser má para a religião, tem também efeitos nefastos para a própria ciência. Com efeito, ao remeter para a religião o exclusivo da reflexão em torno da origem sobrenatural do Universo, aquela delimitação de tarefas vincula a ciência, de forma inexorável, a premissas teóricas e metodológicas de base estritamente naturalista e materialista, as quais se têm vindo a revelar insuficientes para explicar o mundo tal como existe. Se o Universo tiver sido o resultado de um design inteligente, hipótese que a ciência não pode descartar a priori, então uma metodologia estritamente naturalista, no pior sentido da palavra, estará impedida de explicar todas as suas características.

A ciência das origens não pretende responder apenas à questão de saber “como é que o Universo surgiu por acaso?”, mas sim “como é que o Universo surgiu?”. Diante desta questão o acaso é apenas uma das respostas teorética e cientificamente possíveis. A necessidade e o design inteligente são outras. Não há qualquer razão para excluir a priori qualquer destas respostas. Se isso acontecer, a evolução aleatória será estabelecida como verdade estipulativa, por definição, tornando-se imune a qualquer crítica. A Teoria da Evolução e o Criacionismo Bíblico pretendem responder à mesma questão a partir da análise dos mesmos fatos, mas com base em postulados diferentes. O que está em causa, em última análise, não é um conflito entre ciência e fé, mas sim entre duas religiões ou visões do mundo substancialmente diferentes: a visão naturalista e a visão bíblica.12 Esta última fornece um quadro explicativo e preditivo muito mais consistente com os dados empíricos observáveis.

Referências

1. Philip Johnson, Objections Sustained, Subversive Essays on Evolution, Law and Culture, Interevarsity Press, 1998, 67ss.

2. Jonathan Sarfati, Refuting Evolution, 15ª Reimp. Master Books, 2003, 15ss.

3. Henry Morris, The Genesis Record, Baker Book House, Grand Rapids, Michigan, 1976, 22ss.

4. Charles C. Ryrie, A Survey of Bible Doctrine, Chicago, Moody, 1972, 38; Henry Morris, Biblical Creationism, What Each Book of the Bible Teaches About Creation and the Flood, Master Books, 2000, 3ss.

5. Jonathan Sarfati, Refuting Compromise, Masterbooks, 2004, 35ss.

6. II Pedro 1:16.

7. João 3:16.

8. I Coríntios 15:14.

9. Duane T. Gish, Evolution: The Fossils Still Say No!, ICR, 1995, 1ss.

10. Sarfati, Refuting Compromise..., cit., 65 ss.

11. Stephen Jay Gould, Rocks of Ages: Science and Religion in the Fullness of Life, Ballantine, 1999, 49ss.

12. Isto mesmo é reconhecido pelo filósofo evolucionista Michael Ruse, The Evolution- Creation Struggle, Cambridge, Harvard University Press, 2005, 287, afirmando: “My area of expertise is the clash between evolutionists and creationists, and my analysis is that we have no simple clash between science and religion but rather between two religions.”

* Este artigo é parte de um estudo completo do Dr. Jónatas E. M. Machado, publicado na Revista do Centro Acadêmico de Democracia Cristã “ESTUDOS”, Nova Série N° 2, Coimbra, Portugal, Junho 2004:107-166.

** “Ernst Mayr é particularmente claro quanto a este ponto. Para ele, a ciência fornece um quadro objectivo muito diferente do relato do Génesis. Em seu entender1 , podemos conservar e apreciar estas histórias da criação como parte da nossa herança cultural, mas voltamo-nos para a ciência quando queremos aprender a verdade real sobre a história do mundo.” Ernst Mayr, What Evolution Is, Basic Books, New York, 2001, 5.


Fonte:http://www.universocriacionista.com.br/content/blogcategory/22/45/

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Evidências Arqueológicas

Publicado em 4/23/2004

Christian Apologetics e Research Ministry
Revista Defesa da Fé - nº 57 - junho de 2003

As cidades bíblicas descobertas pela ciência

As muralhas de Jericó

E a muralha ruiu por terra... (J s 6.20).

O dr. John Garstang, diretor da Escola Britânica de Arqueologia de Jerusalém e do Departamento de Antiguidades do governo da Palestina (1930-36), descobriu em suas escavações que o muro realmente "foi abaixo"; caiu, e que era duplo. Os dois muros ficavam separados um do outro por uma distância de cinco metros. O muro externo tinha dois metros de espessura e o interno, quatro metros. Os dois tinham cerca de dez metros de altura. Eram construídos não muito solidamente, sobre alicerces defeituosos e desnivelados, com tijolos de dez centímetros de espessura, por trinta a sessenta centímetros de comprimento, assentados em argamassa de lama. Eram ligados entre si por casas construídas de través na parte superior, como a de Raabe, por exemplo, erguida "sobre o muro".

Garstang verificou também que o muro externo ruiu para fora, pela encosta da colina, arrastando consigo o muro interno e as casas, ficando as camadas de tijolos cada vez mais finas à proporção que rolavam ladeira abaixo. O dr. Garstang pensa haver indícios de que o muro foi derribado por um terremoto, o que pode ser, perfeitamente unia conseqüência da ação divina.

0s cristãos não possuem nenhuma dúvida quanto à existência das cidades mencionadas no Antigo e no Novo Testamento. Por isso, dificilmente julgamos necessário conhecer alguma documentação que comprove esse fato. Não obstante, sabemos que muitas obras religiosas não resistem à menor verificação arqueológica, o que contrasta imensamente com a Bíblia que, através dos séculos, tem seus apontamentos históricos e geográficos cada vez mais ratificados pela verdadeira ciência. Evidentemente, nossa fé não está baseada nas descobertas da ciência. Entretanto, não podemos ignorar os benefícios provindos dela quando seus estudos servem para solidificar a nossa crença.

O objetivo desta matéria é apresentar uma lista parcial de algumas cidades mencionadas na Bíblia e encontradas atualmente pelas escavações arqueológicas. Elaboraremos a lista apresentando suas respectivas evidências. Esclarecemos também essa seletividade porque há centenas de outras cidades que também foram evidenciadas pela arqueologia. O que faremos aqui, no entanto, é apenas uma breve introdução ao assunto.

Este artigo se propõe tão somente a lançar mais evidências ao fato de que a Bíblia não é um livro de ficção, de histórias inventadas por homens falíveis, mas, sim, inspirada por Deus, portanto, suas citações geográficas resistem à verificação arqueológica.

De fato, a Bíblia não só descreve esses lugares em suas páginas como também o faz com extrema precisão. Vejamos:

1. Siquém

Referência bíblica: "E chegou Jacó salvo a Salém, cidade de Siquém, que está na terra de Cariàã, quando vinha de Padã-Arã; e armou a sua tenda diante da cidade" (Gn 33.18;12.6; grifo do autor).

Evidência arqueológica:

"Escavações foram empenhadas em Siquém, primeiramente pelas expedições austríaco-alemãs em 1913 e 1914; posteriormente no período de 1926 a 1934, sob a responsabilidade de vários arqueólogos; e, por fim, por uma expedição americana no período de 1956 a 1972 [...] A escavação na área sagrada revelou uma fortaleza na qual havia um santuário e um templo dedicado a El-berith, `o deus do concerto'. Este templo foi destruído por Abimeleque, filho do juiz Gideão (Veja Jz 9) e nos proporcionou uma data confiável acerca do `período teocrático'. Recentemente, nas proximidades do monte Ebal (Veja Dt 27.13), foi encontrada uma estrutura que sugere identificar um altar israelita. Datado do 13° ou 12° século a.C., o altar pode ser considerado como contemporâneo de Josué, indicando a possibilidade de ter sido construído pelo próprio líder hebreu, conforme é descrito em Deuteronômio 27 e 28".
(Horn, Siegfried H, Biblical archaeology: a generation of discovery, Andrews University, Berrien Springs, Michigan,1985, p.40).

2. Jericó

Referência bíblica: "Depois partiram os filhos de Israel, e acamparam-se nas campinas de Moabe, além do Jordão na altura de Jericó" (Nm 22.1; grifo do autor).

Evidência arqueológica:

"Jericó foi a mais velha fortaleza escavada". (Horn, Siegfried H. Biblical archaeology: a generation of discovery, Andrews University, Berrien Springs, Michigan, 1985, p. 37)

"A cidade de Jericó é representada hoje por um pequeno montículo de área [...1 A cidade antiga foi escavada por C. Warren (1867), E. Sellin e C. Watzinger (1907-09), J. Garstang (1930-36), e K. Kenyon (1952-58)".
(Achtemeier, Paul J., Th.D. Harper's Bible Dictionary San Francisco: Harper and Row, Publishers, Inc., 1985).

"A primeira escavação científica em Jericó (1907-9) foi feita por Sellin e Watzinger em 1913". (The New Bible Dictionàry Wheaton, Illinois: Tyndale House Publishers, Inc., 1962).

3. Arade

Referência bíblica: "Ouvindo o cananeu, rei de Arade, que habitava para o lado sul, que Israel vinha pelo caminho dos espias, pelejou contra Israel, e dele levou alguns prisioneiros" (Nm 21.1; 33.40; grifo do autor).

Evidência arqueológica:

"Escavações realizadas por Y. Aharoni e R. B. K. Amiran no período de 1962 a 1974 comprovaram a existên cia de Arade - 30 km ao nordeste de Berseba" (The New Bible Dictionary Wheaton, Illinois: Tyndale House Publishers, Inc.,1962).

"O local consiste em um pequeno monte superior ou acrópole onde as escavações revelaram ser a cidade da Idade do Ferro".
(Achtemeier, Paul J., Th.D., Harper k Bible Dictionary, San Francisco: Harper and Row, Publishers, Inc.,1985).

4. Dã

Referência bíblica: "E chamaram-lhe Dá, conforme ao nome de Dá, seu pai, que nascera a Israel; era, porém, antes o nome desta cidade Laís" (Jz 18.29; grifo do autor).

Evidência arqueológica:

"A escavação de Dá começou em 1966 sob a direção de Avraham Biran".
(Horn, Siegfried H., Biblical archaeology: a generation of discovery, Andrews University, Berrien Springs, Michigan, 1985, p.42).

"Primeiramente chamada Laís, esta cidade é mencionada nos textos das tábuas de Mari e nos registros do faraó Thutmose III, no século XVIII a.C. É identificada como Tel Dá (moderna Tell el-Qadi) e localiza-se no centro de um vale fértil, próximo de uma das principais fontes de alimentação, o Rio Jordão [...] Tel Dá tem sido escavada por A. Biran desde 1966. A primeira ocupação no local remonta ao terceiro milênio antes de Cristo". (Achtemeier, Paul J., ThU, Harper's Bible Dictionary, San Francisco: Harper and Row, Publishers, Inc.,1985).

5. Susã

Referência bíblica: "As palavras de Neemias, filho de Hacalias. E sucedeu no mês de quisleu, no ano vigésimo, estando eu em Susã, a fortaleza" (Ne 1.1; Et 1.1; grifo do autor).

Evidência arqueológica:

"Escavações conduzidas por Marcel Dieulafoy no período de 1884 a 1886 comprovaram a existência da cidade de Susã".
(Douglas, J. D., Comfort, Philip W & Mitchell, Donald, Editors. Whos Who in Christian History Wheaton, Illinois: Tyndale House Publishers, Inc., 1992.)

6. Nínive

Referência bíblica: "E veio a palavra do SENHOR a Jonas, filho de Amitai, dizendo: Levantate, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até a minha presença" (Jn 1.1,2; 2Rs 19.36; grifo do autor).

Evidência arqueológica:

"Nínive foi encontrada nas escavações de Austen H. Layard no período de 1845 a 1857".
(Douglas, J. D., Comfort, Philip W & Mitchell, Donald, Editors. Who's Who in Christian History, Wheaton, Illinois: Tyndale House Publishers, Inc., 1992).

7. Betel

Referência bíblica: "Depois Amazias disse a Amós: Vaite, ó vidente, e foge para a terra de Judá, e ali come o pão, e ali profetiza, mas em Betel daqui por diante não profetizarás mais, porque é o santuário do rei e casa real" (Am 7.12,13; grifo do autor).

Evidência arqueológica:

"W. F Albright fez uma escavação de ensaio em Betel em 1927 e posteriormente empenhou uma escavação oficial em 1934.
Seu assistente, J. L. Kelso, continuou as escavações em 1954, 1957 e 1960" (Achtemeier, Paul J., Th.D., Harper'sBible Dictionary San Francisco: Harper and Row, Publishers, Inc.,1985).

8. Cafarnaum

Referência bíblica: "E, chegando eles a Cafarnaum, aproximaram-se de Pedro os que cobravam as dracmas, e disseram: O vosso mestre não paga as dracmas?" (Mt 17.24; grifo do autor).

Evidência arqueológica:

"Cafarnaum foi identificada desde 1856 e, a partir de então, tem sido alvo de escavações nos últimos 130 anos" (Achtemeier, Paul J., Th.D., Harpers Bible Dictionary San Francisco: Harper and Row, Publishers, Inc., 1985).

9. Corazim

Referência bíblica: "Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! peque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido, com saco e com cinza" (Mt 11.21; grifo do autor).

Evidência arqueológica:

"Escavações na atual cidade deserta indicam que ela abrangeu uma área de doze acres e foi construída com uma série de terraços com o basalto da região montanhosa local" (Achtemeier, Paul J., Th.D., Harper's Bible Dictionary San Francisco: Harper ando 10.

10. Éfeso

Referência bíblica: "Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, aos santos que estão em Efeso, e fiéis em Cristo Jesus" (Ef 1.1; grifo do autor).

"E encheu-se de confusão toda a cidade e, unânimes, correram ao teatro, arrebatando a Gaio e a Aristarco, macedônios, companheiros de Paulo na viagem" (At 19.29) . A cidade em referência é Éfeso.

Evidência arqueológica:

"Arqueólogos austríacos encontraram em escavações, no século passado, um teatro de 24.000 assentos, bem como muitos outros edifícios públicos e ruas do primeiro e segundo séculos depois de Cristo, de forma que a pessoa que visita o local pode ter uma boa impressão da cidade como foi conhecida pelo apóstolo Paulo" (Achtemeier, Paul J., Th.D., Harpers Bible Dictionary San Francisco: Harper and Row, Publishers, Inc.,1985).

11. Jope

Referência bíblica: "E, como Lida era perto de Jope, ouvindo os discípulos que Pedro estava ali, lhe mandaram dois varões, rogando-lhe que não se demorasse em vir ter com eles." (At 9.38; grifo do autor).

Evidência arqueológica:

"Durante escavações no local da antiga cidade de Jope (XIII a.C.) o portão da fortaleza foi descoberto..."
(Achtemeier, Paul J., Th.D., Harper's Bible Dictionary, San Francisco: Harper and Row, Publishers, Inc., 1985).

Diante desta simples exposição, podemos afirmar como Sir Frederic Kenyon, que disse: "Portanto, é legitimo afirmar que, em relação à Bíblia, contra a qual diretamente se voltou a crítica destruidora dá segunda metade do século dezenove, as provas arqueológicas têm restabelecido a sua autoridade. E mais: têm aumentado o seu valor ao torná-la mais inteligível por meio de um conhecimento mais completo de seu contexto e ambiente. A arqueologia ainda não se pronunciou definitivamente a respeito, mas os resultados já alcançados confirmam aquilo que a fé sugere, que a Bíblia só tem a ganhar com o aprofundar do conhecimento".1


Nota

1 Josh MCDOwELL, Evidência que exige um veredicto, vol. 1, Candeia, 1992, p. 83


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sábado, 19 de julho de 2008

A Bíblia e o Ocultismo

Assista nestes vídeos as palestras dadas pelo Pr. Josué Irion sobre satanismo na Disney, ele mostra o perigo em que as crianças estão sendo submetidos a fortes influencias malignas sob o disfarce infantil de desenhos animados conteúdos satânicos são passados as crianças. Assista os vídeos e proteja suas crianças!





Vídeo 1







Vídeo 2







Vídeo 3



Vídeo 4


Vídeo 5


Vídeo 6


Fonte: Youtube.com

Josue Yrion é um pastor Brasileiro, nascido no interior Gaúcho de Santa Maria.Conhecido na midía por falar três idiomas com fluência em suas palestras e pregações. Yrion defere críticas duras a Disney, aos nintendos e aparelhos de videogame domésticos e bonecas Barbies, bem como hqs e desenhos animados. Todas essas críticas partem de uma afirmação por parte do pastor de que haveria satanismo e mensagens subliminares nestes artigos, inclusive muitos deles voltados para público infanto-juvenil. Reside em Los Angeles califórnia E.U.A (Wikipedia) já fez palestras em mais de 70 países adquirindo prestígio por parte das vertentes Pentecostais e Neopentecostais do Protestantismo. Site oficial do Pastor Yrion: http://www.josueyrion.org/pt/

Walter Martin - Como entender a Nova Era

Walter Martin foi um dos primeiros líderes evangélicos a fazer investigações e advertências acerca do crescimento de um novo movimento religioso com raízes no misticismo oriental. Ainda nos anos cinqüenta ele publicou artigos e deu palestras sobre o ocultismo e as seitas que, àquele tempo, agiam como pontas-de-lança do presente movimento. A iminente ameaça à igreja cristã tornou-se agora realidade. Hoje, cerca de 60 milhões de pessoas estão de algum modo envolvidas com as práticas e formas do pensamento ocultista em geral, através da Nova Era.

Como Entender a Nova Era é uma veemente refutação do movimento que mais controvérsias tem produzido no mundo cristão. O autor define biblicamente os ensinamentos-chave do movimento, revela seus perigos latente, fornece critérios para a identificação de seus diferentes grupos e líderes, e indica que passos eficazes devemos dar a fim de comunicar o evangelho aos seus adeptos.

Walter Martin ficou conhecidíssimo em todo o mundo como um dos maiores defensores da fé cristã. Seus programas radiofônicos, suas conferências, o tremendo sucesso de seu livro O Império das Seitas, e o Instituto Cristão de Pesquisas, fundado por ele, fizeram dele “O homem da Resposta Bíblica”. Logo após concluir esta obra, o Dr. Martin foi estar com o Senhor.

Walter Martin estudou os movimentos afinados com a expectativa de uma “nova era” por 38 anos e apresenta nesse livro a maneira bíblica de combatê-los.


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Seitas e Heresias - Raimundo de Oliveira

Um sinal do fim dos Tempos.
A multiplicação das seitas e a disseminação das heresias dão inconteste prova de que estamos vivendo os últimos dias da Igreja na terra. Ainda que o engano seja algo inerente à condição do homem caído, é evidente que nunca a verdade foi rejeitada tão veemente e as Escrituras combatidas tão ferozmente quanto nos dias hodiernos. O questionamento das verdades divinas, por parte dos heresiarcas deste século, tem minado a fé e destruído a convicção espiritual de milhares de cristão, hoje. Com o propósito de ajudar o povo de Deus a discernir entre a verdade bíblica e o erro ensinado pelas seitas falsas nos dias atuais, é que este livro foi escrito. Deus espera que estejamos preparados para responder com mansidão e temo a qualquer que nos pedir a razão da esperança que há em nós (1 Pe 3.15), e que nos apiedemos daqueles que estão sendo vencidos pela dúvida, salvando-os e “arrebatando-os do fogo; tendo deles misericórdia” (Jd v. 23).

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sexta-feira, 18 de julho de 2008

A Bíblia e os Extraterrestres

Que grande idéia Satanás pode utilizar para colocar o anticristo no poder! Quem precisa de Deus se as IETs têm poderes mágicos?! Não só médiums espíritas e parapsicólogos, mas agora cientistas, que rejeitaram a Deus, estão tentando contato com "seres espirituais" que eles acreditam ser entidades altamente evoluídas, com conhecimento e poderes maiores aos dos humanos. Certamente, se contatos fossem feitos com as "amigáveis" IETs, os líderes da Terra gostariam de se "beneficiar" com seus conselhos e ajuda. O presidente sírio Hafez Assad, muito fascinado por OVNIs, acredita que "só os poderes extraterrestres poderiam trazer paz entre as superpotências"(8).

Mas não existem IETs. A única vida inteligente além da que há na Terra é toda espiritual: Deus, anjos, Satanás e demônios. Satanás e seus servos são hábeis em invadir o reino físico. Satanás colocou chagas em Jó, causou um "vento arrasador" de destruição em sua casa matando seus filhos, os caldeus e sabeus roubaram a ele e a seus servos, e em cada caso uma pessoa ficou viva para trazer as notícias a Jó. Satanás levou Cristo ao topo do monte e ao pináculo do templo. Janes e Jambres (2 Tm 3.8) foram hábeis para imitar, pelo poder de Satanás, alguns milagres de Arão e Moisés, feitos pelo poder de Deus.

Que limites podem haver nos "poderes, sinais e prodígios da mentira" satânicos nós não sabemos: Satanás levará o mundo todo a adorar o anticristo como "Deus" (Ap 13.8). O fato é que a humanidade está agora aberta para o contato e para receber opiniões e ajudas de demônios que estão se manifestando como OVNIs e disfarçando-se como IETs, o que ajuda a preparar o palco para a "operação do erro" (2 Ts 2.11).

Foi aqui na Terra que Cristo derrotou Satanás na cruz, e é aqui para a Terra que Cristo retornará a fim de destruir Satanás. É na Terra que Cristo vai reinar por 1000 anos; é para a nova Terra que a Jerusalém celestial descerá (Ap 21.1-2), e dela Cristo reinará sobre o novo Universo por toda a eternidade. Não existe nenhuma outra civilização planetária.

As hábeis mentiras de Satanás têm um único propósito: desviar o homem da verdade de Deus que por si só o libertará do pecado e do eu (Jo 8.31-32). Nós, crentes em nosso senhor Jesus Cristo, precisamos ter uma resposta bíblica para nossos queridos, de forma a libertá-los das sedutoras mentiras satânicas, onde quer que elas estejam. Sejamos bereanos. Conheçamos as Escrituras. Declaremos a verdade de Deus com ousadia e vivamo-la de forma consistente.


(Dave Hunt - TBC 4/95 – Traduzido por Eros Pasquini, Jr.)

A Bíblia e os Dinossauros (Palestras)

Se você evangeliza e constantemente encontra pessoas que questionam porque a bíblia não fala sobre os dinossauros assista estas palestras em vídeo e leia os estudos nesta pagina e esteja preparado para defender sua fé com base na bíblia e na ciência.

Vídeo 1


Vídeo 2


Vídeo 3


Vídeo 4


Vídeo 5


Vídeos Atualizados e Funcionando (Caso algum problema nos avise através do comentário)

Fonte: Youtube.com


Adauto J. B. Lourenço, B. Sc., MSc., é formado em Física pela Bob Jones University, USA. Mestrado em Física Nuclear pela Clemson University, USA. Pesquisador responsável em Sistemas de Imagem de Estruturas Atômicas (Oak Ridge National Laboratory), é membro da American Physics Society, EUA e pesquisador em Trocas de Energia em Nível Atômico (Max Planck Institut für Stromunsgsforchung, Alemanha). Uma das características mais marcantes de prof. Adauto Lourenço tem sido a sua habilidade em transmitir conceitos difíceis da Ciência de uma forma compreensível e agradável, para públicos de várias idades e de diferentes níveis de conhecimento. É também formado em teologia pelo Seminário Bíblico Palavra da Vida.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

A Bíblia e os Dinossauros

A bíblia foi escrita para o povo hebreu composto não de filósofos mas sim de pastores de ovelhas, pessoas simples que queriam transmitir para suas futuras gerações toda sua cultura, e não criar um manual cientifico da criação, o propósito da bíblia não são os animais e sim o homem e seu relacionamento com Deus, é um livro que fala dos atos de Deus para com os seres humanos e não um compêndio cientifico. A bíblia não utiliza a linguagem cientifica em sua composição, a palavra dinossauro foi usada pela primeira vez pelo anatomista e paleontologista britânico Richard Owen (1804-1892). Após a descoberta no sul da Inglaterra de fósseis de répteis gigantes, chamados de Megalosaurus, Iguanodon e Hylaeosaurus, Owens resolveu batizar o grupo, e em 1842 chamou-os de dinosauria, que significa “lagartos terríveis”. Não fazem três séculos que a palavra dinossauro nasceu, como você acharia ela num livro que terminou de ser escrito a cerca de 2000 anos atrás e que começou a se escrito por volta de 1280 AC. Os pastores hebreus escreveram a bíblia inspirados por Deus de acordo com seu linguajar cultural, palavras usadas em seu cotidiano. Muitas pessoas lêem a bíblia hoje e esperam encontrar palavras criadas em seus próprios idiomas e épocas, quando a bíblia original vem do povo judeu há milhares de anos. Para conhecer mais profundamente a bíblia é necessário conhecer sua origem, seus idiomas e costumes de época, para poder se entender melhor a sua linguagem, ora literal, ora alegórica e ora simbólica.

Comparando a linguagem científica com a linguagem bíblica

Há duas palavras em hebraico, que estudadas nos revelam o segredo dos dinossauros.

A primeira, ocorre em Jó 40:15 -19, onde há uma descrição de um forte animal, que algumas versões brasileiras descrevem erradamente como se tratando de um hipopótamo. É Importante lembrar, que o termo original Behemoth é melhor traduzido por ‘bestas, feras gigantes’, não importando qual seja o monstro. Vejamos o texto: “Contempla agora o hipopótamo, que eu criei como a ti, que come a erva como o boi… Ele enrija sua cauda como o cedro...” (Versão revisada de acordo com os melhores textos). A New International Version diz: ” Look at the behemoth...” Usando o raciocínio lógico, descobrimos que nem o Elefante e nem o Hipopótamo possuem cauda do “tamanho do Cedro.” O Livro de Jó, provavelmente foi escrito em 2.000 A.C., ou seja, antes mesmo do livro de Gênesis ter sido escrito por Moisés! Muito provavelmente, Jó conheceu pessoalmente um destes enormes Behemoths. É Muito mais lógico aceitar aquilo que a Bíblia está dizendo… Um Behemoth com força nos ossos e cauda do tamanho do Cedro, ou seja, de acordo com Jó um dinossauro comedor de folhas, um Diplodocus ou Apatosaurus. Este animal não precisava temer outros animais, era possuidor de ossos fortes. Elefantes e Hipopótamos são fortes, mas temem outros animais a exemplo do que fazem com leões. Como não eram carnívoros, poderiam co-habitar com os seres humanos. A palavra “baleia” em hebraico é tanniyn (ou tan-neen) que significa monstro gigante terrestre ou marinho; serpente marinha, repugnante animal terrestre e baleia é apresentado em outras 20 passagens na Bíblia Grego-Hebraica. Acredito que a bíblia não omitiu a existência dos dinossauros, apenas há um grande equivoco na hora de se procurar por termos novos em comparação a bíblia que é um livro milenar, e como já ressaltei outrora que a bíblia não foi escrita na intenção de ser um manual cientifico, o propósito da bíblia não são os animais e sim o homem e seu relacionamento com Deus, é um livro que fala dos atos de Deus para com os seres humanos e não um compêndio cientifico.


Pesquisa e resumo por: Elias Moraes